sábado, 6 de outubro de 2012

A Kombi sobreviverá? Portal MadiaMundoMarketing

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Recebi este link e achei ótimo o texto por isso reproduzo aqui no blog quem quiser ler diretamente no Portal basta clicar no link acima!


Poucos acontecimentos emocionam mais as pessoas que um condenado a morte se salvar; escapar, na última hora. Alguns filmes da história do cinema consagraram-se nas bilheterias por tratarem com qualidade do tema. Dentre outros, dois merecem destaque especial. “Um condamné à mort s´est Échappé”, dirigido por ROBERT BRESSON, 1956, e, Midnight Express, dirigido por ALAN PARKER, 1978. Agora quem se vê, uma vez mais, ameaçada de morte, é a velha, emblemática e festejada KOMBI. Figura obrigatória no desenho de muitas crianças de muitas gerações quando a professora, no primeiro ano da escola, pedia que desenhassem uma casinha. E, em boa parte dos desenhos, a casinha, a árvore, o portão, a KOMBI. KOMBINATIONSFAHRZEUG é o nome completo e em alemão da ameaçada KOMBI. Quer dizer, veículo combinado, ou multi-uso – parece que foi “kombinado”. Seu primeiro exemplar circulou nas ruas da Alemanha em 1950. Em 1953 o grupo BRASMOTOR passou a montar o carro no Brasil, e, a fabricá-lo a partir de 2 de setembro de 1957 – o primeiro VOLKS fabricado em nosso país. Se fora do Brasil a KOMBI ganhou mais derivações e outros modelos, por aqui as mudanças foram poucas. Talvez a mais radical de todas a adoção da motorização refrigerada a água, em 2005, para se adequar as novas normas sobre emissões. E a mais curiosa a proibição, pelo CONTRAN, da seta “bananinha”, por ter causado diversos acidentes com ferimentos no rosto de pedestres descuidados. Prestes a completar 60 anos a KOMBI continua vendendo e dando lucro para a VOLKS. Em 2011 foram 24,8 mil vendidas, e até julho deste ano 14,9 mil, mais que o dobro do segundo colocado na categoria de furgões, o FIAT DUCATO. E não obstante todos os serviços prestados, e ainda continuar viável, sua morte parece inevitável. A partir de 2014 todos os veículos, obrigatoriamente, terão que ser produzidos com air-bag e freios ABS. E segundo a VOLKS, a estrutura da KOMBI não possibilita a adoção desses dois equipamentos obrigatórios. Mas, existem esperanças. Desde conseguir uma prorrogação no prazo, ou mudar a KOMBI para uma outra categoria de veículos onde esses equipamentos não são obrigatórios. A VOLKS não se manifesta sobre o assunto. Limita-se a manter o setor KOMBI em funcionamento na fábrica de SÃO BERNARDO DO CAMPO, trabalhando em turno único e com 630 empregados. A KOMBI vai morrer? Saberemos nos próximos meses. Se isso acontecer nos fatos, nada mudará na lembrança de gerações de brasileiros onde a KOMBI, e para sempre, será parte obrigatória da paisagem.

3 comentários:

  1. Eu que o diga,a Kombi tem um lugar na minha vida. Viagei com mais de uma tanto pelo interior do Rio Grande do Sul quanto para outros estados do Brasil. Nas viagens mais longas os integrantes da equipe esportiva da Rádio Guaíba se revezavam na pilotagem. Cada um dirigia por 100 quilômetros. Tirava-se o banco do meio para colocar o transmissor de SSB - Single Side Band - que era grande,pesado e,volta e meia,se negava a funcionar. Em 1966,fomos de Porto Alegre a Caxambu e a Teresópolis,Niterói,Macaé,acompanhando a Seleção Brasileira em sua preparação para a Copa do Mundo. Eu torcia para que minha vez de pôr as mãos na direção das heróicas Kombis não demorasse a chegar.

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    1. ACHEI ÓTIMO O TEU RELATO PUBLIQUEI NO FACEBOOK TAMBÉM.
      BEIJO

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    2. Obrigado,meu filho!

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